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Coro da Osesp, composto por 45 homens e mulheres. Na imagem, eles estão no palco da Sala São Paulo, dispostos em 4 fileiras, e vestidos com trajes de concerto.

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Coro da Osesp em "O silêncio que nunca (h)ouve"

corpo artístico
William Coelho
regente e maestro preparador
Local: Sala São Paulo
Data: dom., 23 de junho de 2024
Horário: 18:30
Duração: 65 min.
Preço: R$ 39,60 a R$ 0,00
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Programa

AMY BEACH Three Shakespeare Choruses, Op. 39 [Três coros de Shakeaspeare] AMY BEACH Sea Fever [A febre do mar] FLORENCE PRICE Resignação ETHEL SMYTH Cinco canções sacras baseadas em melodias corais: Komm, Süsser Tod [Vem, doce morte] UNDINE SMITH MOORE I would be true [Eu serei verdadeiro] VALÉRIA BONAFÉ Nos silêncios da tua voz TADEJA VULC O Sapientia [Oh Sabedoria] JOCELYN HAGEN To see the sky [Para ver o céu] KERENSA BRIGGS Media Vita [Na metade da vida] ELEANOR DALEY Upon your heart [Sobre seu coração] CAROLINE SHAW And the swallow [E a andorinha] JULIANA RIPKE Vozes-Mulheres [texto: Conceição Evaristo]

As mulheres sempre fizeram música, embora encontrem obstáculos diversos para atuação profissional. A partir do século XIX, no entanto, elas foram paulatinamente conquistando espaços que antes lhe eram negados. As norte-americanas Amy Beach e Florence Price são exemplos importantes: primeira mulher e primeira mulher negra a terem sinfonias estreadas por grandes orquestras de seu país, seu pioneirismo e sua importância têm sido reconhecidos cada vez mais. Nascida já no século XX, a também norte-americana Undine Smith Moore desenvolveu uma produção composicional voltada à música vocal, fortemente inspirada em spirituals negros e música folclórica.

Na Inglaterra, ainda na virada do século XIX para o XX, Ethel Smith dedicou se à composição, a despeito da forte oposição paterna. E, no início do século XX, juntou-se à causa sufragista, sendo autora do March of the Women [Marcha das Mulheres], que se tornou hino do movimento.

Essas mulheres desbravadoras abriram caminho para que, nos dias de hoje, compositoras das mais variadas origens e dos mais variados direcionamentos estéticos tivessem espaço para atuar profissionalmente e difundir suas composições. Contemporâneas dos EUA, Canadá, Inglaterra e Eslovênia, além das brasileiras Valéria Bonafé e Juliana Ripke, completam a seleção do programa.

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