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A imagem em preto e branco mostra a atual sala de concertos da Sala São Paulo em obras, com materiais de construção espalhados no chão.

Transformar o jardim da Estação Júlio Prestes em sede para a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo foi desafiador. O projeto precisou levar em consideração o isolamento e tratamento acústico em um local muito próximo a trilhos de trem — a vibração do veículo interfere na propagação do som —; restauração de um edifício histórico para o seu tombamento; e interferências arquitetônicas que não alterassem o prédio.

Entre 1997 e 1999, o arquiteto Nelson Dupré, em parceria com Luizette Davini, responsável pela coordenação do projeto, e a Artec (atual Arup), referência em acústica, conduziram a obra do Governo do Estado. O objetivo era construir uma sala de concertos de alto nível, comparável às da América do Norte e Europa.

O desenho feito por Nelson Dupret é em tons de amarelo, azul e cinza. Ele mostra o projeto da Sala de Concertos, com as cadeiras, orquestra no palco e um órgão.

Além de embarcar em uma pesquisa de campo e estudar diversos palcos, sistemas acústicos, áreas de apoio, acessos e fluxos de salas de concertos ao redor do mundo, Dupré contou com o apoio da Artec Consultants, consultoria acústica norte-americana. Entre as sugestões da empresa, estava a instalação do famoso forro móvel do teto, que permite dar flexibilidade acústica ao ambiente. A solução era inovadora e única no mundo, capaz de regular o volume total de ar, de maneira a ser possível obter alturas diferentes sobre o palco e plateia e afinar a sala para cada tipo de evento musical. A vantagem não era somente técnica, mas igualmente estética, ao permitir a preservação da integridade arquitetônica das fachadas do antigo pátio.

Equilibrar os parâmetros acústicos de excelência com a necessidade de preservação do patrimônio arquitetônico era uma das maiores preocupações do projeto de reforma. Para chegar em um equilíbrio, Dupré trabalhou também com o consultor acústico brasileiro José Augusto Nepomuceno, da empresa Akustiks, e com profissionais do Condephaat, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo. Desta parceria, nasceram soluções como os balcões individualizados e os módulos do forro que revestem todas as paredes.

Na fachada da Sala São Paulo, uma placa anuncia a "nova sede da orquestra sinfônica do Estado de São Paulo"
Fachada da Sala São Paulo em 1998

Após dois anos de reforma, no dia 9 de julho de 1999, nascia a Sala São Paulo como é conhecida atualmente. Na sua inauguração, a Osesp apresentou a Sinfonia nº 2 — Ressurreição, de Gustav Mahler, sob regência de John Neschling. Uma música potente, grandiosa, cujo nome diz muito sobre o que aquele momento significava para a história da Orquestra.

No ano seguinte, a Sala recebeu o Prêmio Internacional de Honra 2000 da USITT – United States Institute for Theatre Technology. Diante de uma plateia de 1.500 pessoas, o arquiteto Richard Blinder, responsável pela restauração da Grand Central Station de Nova York, elogiou o projeto “pelo impressionante trabalho de arquitetura efetuado ao transformar uma estação ferroviária em uma fantástica sala de concertos”. Em 2015, o jornal inglês The Guardian incluiu a Sala dentre as "10 das melhores salas de concerto do mundo", ao lado da Philharmonie de Paris e da Berlim e da Grande Sala do Musikverein, de Viena.

A sala de concertos está lotada de gente sentada. As colunas estão iluminadas com uma luz amarela.

25 anos depois de inaugurado, o espaço atrai mais de meio milhão de visitantes e acolhe uma intensa agenda de concertos da Osesp e de artistas e orquestras de todo o mundo, além de todas as atividades dos Programas Educacionais da Osesp.

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